quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Começar de novo...

Olha eu aqui outra vez, depois de um longo período sem escrever... E, adivinhem só, eu estava namorando... E, só pra variar, quando eu me apaixono, deixo tudo de lado pra me dedicar ao meu amor... Alguém de vocês já fez isso? Bah! Como é ruim quando acordamos do transe da paixão e percebemos que deixamos o nosso caminho para caminharmos no caminho do outro... Esse é o meu padrão de comportamento mais marcante e como é díficil mudá-lo. Sei que não devo fazer/agir dessa maneira, mas quando vejo, tcharannnnn, lá estou eu dando com os burros n'água outra vez... Só que, verdade seja dita, desta vez, não estou sofrendo... Doeu pra caramba, mas não estou sofrendo.
Pessoal, eu, hoje, compreendo muitas coisas que, há alguns anos, jamais admitiria. É o bom de amadurecer!!! Por exemplo: controlar as emoções; não ser, simplesmente, reativa; pensar antes de falar...
Nossa, parei de escrever e parece que parei de pensar. Na verdade, um bom recurso terapêutico para comportamentos-padrão, como o meu, seria, sempre, ler e reler e ler de novo, tudo o que eu já escrevi sobre mim e os furos que deixo em minha própria vida. Acho que não cometeria os mesmos erros e não me sentiria tão envergonhada/culpada quando um relacionamento termina. Sim: envergonhada/culpada!!! É assim que me sinto. A sensação é que eu "perdi" pra mim mesma...
O melhor, agora, é viver e deixar viver. Bola pra frente!!! O importante é que eu estou de volta e um pouco mais consciente daquilo que é preciso pra ser feliz: Viver e deixar viver; viver minha vida independentemente do outro. Viver minha vida com o outro e não para o outro... Ai ai ai... Não posso esquecer de ler isso sempre.
Valeu, valeu, valeu...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu poderia viver de Mário Quintana...

Oi Pessoal,

Hoje estou tão de bem comigo... tão em paz, que resolvi me presentear, e aos leitores, com uma pitada desse grande, e imortal, poeta:


Certezas
Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.

terça-feira, 29 de março de 2011

Difícil? Eu?

Puxa!!! Como é difícil saber que as pessoas te consideram DIFÍCIL... Acho isso tudo um saco! Mais difícil, ainda, é já ter subido alguns degraus na minha escala de evolução pessoal e, mesmo assim, continuar sendo considerada difícil... São os ecos do meu passado (difícil)? Meus rótulos estão tão colados em mim que viraram tatuagem? Eu sei, eu sei... Sem autopiedade! Fiz escolhas que me conduziram a esta situação e não vou desanimar. Sou guerreira e senhora do meu destino e, rumo aos meus QUARENTA, decidi ser uma pessoa melhor e viver em paz comigo e com o mundo. Bah! Minha cabeça tá um emaranhado de sentimentos. Parece que tudo que eu fiz, e disse, fica desfilando desdenhadamente (essa palavra existe?) na passarela dos meus pensamentos como se eu estivesse dizendo pra mim mesma: "Viu só? Você quis fazer/dizer isso? Agora agüenta. Eu bem que avisei..." Mas penso que isso tudo faz parte do meu precesso de humanização. Sinto que não estou mais em conflito interno e os reflexos disso são bem nítidos. Tenho conhecido tantas pessoas e estas - eu sinto - sentem-se bem quando estão comigo. Sou lembrada, e convidada, para vários eventos. Me sinto querida!!! É como se eu estivesse nascendo de novo só que com consciência. É um sentimento tão bom. Sei que tenho muito que evoluir, mas estou muito feliz com meus progressos. Não sou mais tão URGENTE. Me sinto tranqüila, serena... E tenho, sim, encarado a vida com mais leveza e alegria e sou grata, muito grata, pela vida que tenho e pelas pessoas que me acompanham nessa existência. Vida, lá vou eu...

quinta-feira, 3 de março de 2011

Minha vida passada a limpo

Escolhi esta chamada para o meu blog, mas nem me dei conta do seu real significado. Acho que, neste momento, às vésperas de completar quarenta anos, finalmente, vou começar a grande aventura da minha pequena existência:  minha viagem para dentro de mim! E, no final da jornada, desejo, imensamente, me encontrar, me olhar bem fundo nos meus olhos e me dizer o quanto eu me amo.
Dizem que a vida começa aos quarenta, não é mesmo? Então, estou me preparando para renascer e tentar, neste novo ciclo que se inicia, me comprometer com a minha consciência de mim mesma,  adquirida depois de muitos desencontros, desacertos, perdas... Mas, também, depois de muitas presenças: Minha família, que é meu porto seguro e meus amigos, que, com muita sabedoria, discernimento e aceitação, nunca desistiram de mim!!!
Sempre fui muito exigente comigo mesma e exigente com o outro. Era como se eu tivesse um juiz dentro de mim, que distribuía sentenças gratuitamente. Estabeleci um padrão pra mim. Simplesmente reagia; não pensava. Mas tudo tem seu preço e passei pela experiência de perder muitas pessoas que, simplesmente não conseguiam conviver comigo. Eu não tinha consciência, mas eu sufocava as pessoas que se relacionavam comigo. Poucas pessoas (aquelas que não desistiram de mim... lembram-se?) conseguiram atravessar minhas barreiras. Eu era, e ainda conservo traços disso, implacável, justiceira, defensora dos fracos e oprimidos... Completamente sem noção da mágoa que causava a algumas pessoas. Da minha boca jorravam flechas. Decididamente, eu falava, sem dó, ou piedade. O problema não era o que eu falava, mas COMO eu falava. O retorno que eu recebia era quase sempre o mesmo: as pessoas se afastavam. Mesmo assim, eu achava que o mundo estava contra mim. Aquela velha história do “ninguém me aceita/entende”... Na minha cabeça, eu não estava fazendo nada de errado... Eu apenas estava falando o que todo mundo tinha vontade de falar, mas não tinha coragem. Eu era destemida. Quase um Zorro- fêmea... Só que um Zorro odiado, que criava abismos em vez de pontes e, de tanto as pessoas se afastarem de mim, comecei a pensar que, realmente, havia algo de errado. Comecei a me sentir desconfortável comigo e me ver como um equilibrista desequilibrado. Comecei a lembrar de situações, pessoas, palavras... E quando caí em mim me senti tão tola. Foi então que percebi que eu só reagia ao mundo e às pessoas... A partir daí, fui buscar auxílio na psicoterapia. Freqüentei sessões por quatro anos. Porém , somente no quarto ano é que meu processo de cura teve seu início. Nesse momento, consegui me ver, como se eu tivesse saído de mim e pudesse me observar como que num filme. Iniciou ali, a minha tomada de consciência. Só que os rótulos ficam, por muito tempo, grudados em nós. Hoje, mesmo tendo me revisto e estar em processo de mudança/cura, os ecos daquilo que eu fiz ainda ressonam. Os rótulos, apesar de estarem envelhecidos e desbotados, ainda existem e as pessoas que me conheceram, embora não tenham convivido comigo nestes últimos anos, ainda conseguem vê-los. Mas tudo bem, porque sou fruto das minhas escolhas e como passei a fazer novas escolhas, recentemente, sei que colherei outros frutos em breve. E serão muito bons, pois esse é um desejo muito forte que carrego em mim.
Por isso, hoje, às vésperas dos meus quarenta anos, resolvi me dar de presente este blog. Sempre gostei de escrever; de brincar com as palavras e ver o que dá. Porém, escrever sobre mim e esse pequeno universo que carrego, nunca foi tarefa fácil. Minha idéia, mesmo, é compartilhar experiências com todas as pessoas que, de alguma forma se identificam comigo e também estão querendo empreender na maior e mais importante aventura da vida de um ser humano: o autoconhecimento.
Então, companheiros de existência, blogueiros de plantão, gente de toda sorte, troquem comigo. Vamos viajar juntos.